segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O regresso ao trabalho

Agora que tudo estava a correr bem, surge um novo desafio: aproxima-se o regresso ao trabalho. Uma certa angústia surge em muitas mães. Mas uma coisa é certa: regressar ao trabalho não significa o fim da amamentação.

Quando o regresso ao trabalho se faz após os seis meses de idade, talvez se torne mais prático para muitas mães deixar os bebés entregues a outras pessoas com, pelo menos, uma ou duas refeições de outros alimentos, sejam sopas, frutas ou papas e até o leite materno para preparar tudo isto.

No entanto, a maior parte das mães não tem esta possibilidade. A maioria regressa ao trabalho aos quatro ou cinco meses de vida do bebé. Para tentar seguir a recomendação da Organização Mundial de Saúde de que os bebés devem ser amamentados, exclusivamente com leite materno, até aos seis meses, as mães podem, com aproximadamente um mês de antecedência, começar a preparar o regresso.
Isto significa que podem começar a extrair e conservar, no congelador, uma reserva de leite que garantirá alimento até o bebé perfazer os seis meses de idade, após os quais começa a ingerir outros alimentos. Uma vez que a mãe ainda está de licença de maternidade, há vários momentos do dia em que pode tirar leite: após o bebé ter mamado, sabendo que está satisfeito e não voltará a mamar brevemente, ou criando uma mamada “fictícia” e regular, numa altura do dia em que o bebé não costuma mamar. O período da manhã costuma ser adequado, uma vez que durante a noite é o período em que mais se produz.
A mãe pode tirar leite fazendo a extração manual, um processo simples, mas que por vezes exige algum treino. Para as mães que não conseguem extrair manualmente, o mercado já oferece inúmeras soluções de bombas de amamentação, pelo que hoje em dia é mais fácil manter o aleitamento materno exclusivo até aos seis meses.
A hora de almoço nos dias de trabalho pode ser aproveitada para fazer uma extração cuja quantidade pode ser congelada ou então levada, no dia seguinte, para a ama ou infantário, para ser bebida ou comida com papa não láctea, na sopa, etc.

As quantidades a congelar e que acompanham o bebé na ida para escola ou ama devem variar entre 150, 100, 50 ml ou outras que a mãe considere mais adequadas ao que o bebé costuma mamar. A variação de quantidades enviadas é importante, pois caso o bebé não fique satisfeito, por exemplo, com 150 ml, rapidamente se aquecem mais 50 ml. O contrário, ou seja, aquecer demasiado leite, pode significar desperdício.
Mesmo quando a mãe opta por introduzir os alimentos antes do meio ano, pode perfeitamente continuar a amamentar o bebé quando já se encontra com ele em casa, não havendo necessidade de introduzir outro leite.
O leite materno é o principal alimento até ao ano de idade e quando o bebé está com a mãe pode ser oferecido mesmo antes ou depois do jantar, por exemplo, bem como durante a noite, ao acordar, e ainda mais vezes nos dias em que a mãe está em casa. Isto permite manter a produção adequada e durante mais tempo.

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