quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Livre demanda - O mais pequenino é que sabe!


Já lá vão os tempos em que se recomendava dar de mamar ao recém-nascido em cada três horas, ou duas horas, ou apenas dez minutos em cada mama.

Muitos bebés choravam de fome muito antes da refeição seguinte, programada pelos pais. Mesmo na actualidade, é comum ouvir a mãe: “só mais um bocadinho, bebé, ainda falta meia hora!” Gostará essa mãe de esperar meia hora em fila de espera para que o restaurante finalmente lhe consiga uma mesa, quando ela já sente o estômago a manifestar-se? Não.


O bebé foi o último da família a nascer, mas nestas coisas ele sabe, melhor que ninguém, a fome que tem, a quantidade e o tempo que precisa para se saciar. Se regras houver para amamentar, dar de mamar SEMPRE que o bebé pede, é uma delas, tenham passado 40 minutos, uma ou três horas desde a última mamada.
A maioria dos bebés mama de oito a 12 vezes por dia, cumprindo horários relativamente regulares. Mas nem todos são assim. Pelas mais diversas razões, ou porque está calor, ou porque mamou menos na última vez, ou porque precisa de conforto ou outra razão, os bebés podem mamar muitas mais vezes, até mesmo os que costumavam ser mais regulares.


Se a mãe permitir que ele mame sempre que precisar, não só o bebé terá sempre o leite que precisa, com a composição que precisa e que vai sendo alterada consoantes os intervalos (umas vezes mais rica em água e açúcares, outras mais em gorduras e proteínas), como a mãe terá sempre leite, garantidamente. Apenas é conveniente que a mãe só ofereça a segunda mama depois da primeira estar vazia.
A mãe não se deve preocupar que intervalos curtos façam mal à digestão, pois ao contrário do leite adaptado, o da mãe é totalmente adequado e bem digerido pelo bebé. Também é incongruente a mãe, ao longo das semanas, tentar espaçar os intervalos entre mamadas. O bebé sabe sempre o que precisa. Confie nele.


A duração da mamada também é definida pelo bebé: Nas primeiras semanas é natural que demore mais tempo e se até se canse com a sucção, mas ele irá evoluir. Por volta dos dois a quatro meses já se alimenta rapidamente, alguns fazendo mamadas de cinco a sete minutos.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Os primeiros dias

O bebé nasceu. É uma das maiores felicidades de uma mãe e de uma família. No entanto, especialmente quando se trata de um primeiro filho, vem acompanhada de uma série de medos, de preocupações.
A alimentação faz parte desta lista. Ora, o leite não jorra no dia em que o bebé nasce, mas a natureza não deixa as coisas ao acaso.

A partir do sexto mês de gravidez, sensivelmente, a mãe começa a formar colostro, um líquido amarelado que permanece nas mamas até que o bebé nasça e se alimente dele. O colostro representa para o bebé um concentrado de anticorpos que o ajudam a proteger das mais diversas agressões. Como alimento, não vem em grande quantidade, mas o estômago do bebé, à nascença, tem apenas o volume semelhante a um berlinde. Por isso, a mãe não deve preocupar-se com falta de leite, mas deve frequentemente colocar o bebé à mama para que se alimente com esse colostro, até à subida do leite que normalmente acontece entre o terceiro e quinto dia.
A subida do leite nem sempre é fácil para a mãe, mas o principal incómodo desaparece em dois ou três dias. Por vezes, a mama fica demasiado dura, dorida, sendo que também o bebé pode sentir dificuldades em agarrar. É assim necessário colocar pachos quentes, massajar a mama, e talvez extrair um pouco de leite para sentir mais conforto. Dar de mamar frequentemente também ajuda. Após a mamada é conveniente colocar algo frio na mama.
A partir de agora, o bebé vai mamar muitas vezes, dia e noite. Todos os bebés são diferentes, por isso cada um sabe quando sente fome, da mesma forma que cada um poderá demorar mais ou menos tempo a mamar até ficar satisfeito, até porque a sucção costuma cansar o recém-nascido ele pode demorar algum tempo. Como tal, é ele que regula a frequência e a duração das mamadas.  À mãe, resta oferecer aos primeiros sinais de busca e dar sempre que o bebé pedir.
Durante o primeiro mês é natural que a mama produza leite em excesso, mas é por esta altura que a produção costuma regular, adaptando-se às necessidades do bebé. Por isso é conveniente que a mãe dê cada vez que ele pedir, e não lhe imponha horários, para que continue regulada às necessidades do bebé, que deverá esvaziar primeiro uma mama e só depois mamar da outra, mas cedo a mãe começará a aprender quando ele quer trocar.

Aprecie cada momento!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Amamentar - Um mundo de vantagens!




O leite materno é o melhor alimento para um bebé, mas os seus benefícios vão muito além do simples saciar de fome, de sede, do desenvolvimento e crescimento.





Benefícios para o bebé:
- É de fácil digestão
- Protege contra alergias, coisa que o leite de vaca, pelo contrário, até pode causar
- Previne infecções respiratórias, urinárias e gastrointestinais, sendo que, quando estas surgem, até é o único alimento tolerado, ajudando também na recuperação.
- Permite que o bebé se adapte melhor a outros alimentos
- Reforça os laços afetivos com a mãe;
- Promove o desenvolvimento mental do bebé
- A longo prazo, ajuda na prevenção da diabetes e de linfomas.
- Por ter anticorpos, o leite materno tem outras utilizações tópicas.


Benefícios para a mãe
- Ajuda a uma recuperação mais rápida do útero no pós-parto
- Reduz as probabilidades de ocorrência de osteoporose, cancro da mama e do ovário
- Ajuda a uma recuperação mais rápida do peso que tinha antes da gravidez
- Amamentar é muito mais prático, pois o leite está sempre pronto a dar ao bebé, à temperatura certa, na quantidade que ele precisar, com os ingredientes ideais.
- A mãe que amamenta sente-se mais segura e menos ansiosa


Outras vantagens
- Mais económico, tanto em relação ao leite adaptado, que além de adquirido ainda exige uma panóplia de objectos, como ainda resulta em menos gastos com cuidados médicos.

-Mais ecológico. Não se sujeita à exploração de leite de vaca, não consome CO2 na transformação e transporte, não é preciso libertar os desperdícios no lava-loiça.
- Mais saúde e melhor nutrição são sinónimo de mais bem-estar.